O grito tucano do Ipiranga para fugir de Bolsonaro no 7 de Setembro

Governo de Rodrigo Garcia muda a data de reinauguração do Museu Paulista

O governador de SP, Rodrigo Garcia

Sérgio Quintella - Maquiavel/Veja

Inicialmente previsto para ser reinaugurado no Sete de Setembro, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, que ficou nove anos fechado (as obras começaram em 2019), vai abrir suas portas um dia antes. O principal motivo: fugir da politização da data, potencializada pela convocação do presidente Jair Bolsonaro para seus apoiadores irem às ruas “em defesa da liberdade” e “pela última vez”. Neste sábado, 30, Bolsonaro afirmou a apoiadores que participará do desfile de 7 de setembro em Brasília e, posteriormente, de um desfile militar em Copacabana, no Rio de Janeiro.

No dia 6, uma sexta-feira, o local vai funcionar para convidados, alunos de escolas públicas selecionados pelo governo e por trabalhadores (e suas famílias) que atuaram nos vários processos da obra de restauro. No dia seguinte, na área externa, um grande show promete levar milhares de pessoas à rampa da Praça da Independência.

Independentemente da data de reabertura do espaço, nenhum candidato nas eleições deste ano poderá participar da inauguração do espaço. “Mas nada impede que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) façam uma visita técnica ao local nos dias anteriores e subsequentes”, afirma o advogado Arthur Rollo, especializado em legislação eleitoral.

Reportagem de VEJA desta semana mostra como a atitude do presidente mobilizou o bolsonarismo nas redes sociais e provocou a reação das autoridades e da sociedade civil, preocupadas com o caráter golpista, de ruptura com as instituições, que as convocações vêm ganhando.

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