‘É hora de Bolsonaro ir embora por todo mal que causou ao país’, Geraldo Alckmin

Ex-governador ataca duramente o presidente em discurso na convenção nacional do PSB que confirmou o seu nome como vice de Lula

Geraldo Alckmin (PSB)

Veja

O ex-governador Geraldo Alckmin atacou duramente o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 28, durante a convenção nacional do PSB em Brasília, que o confirmou como candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre outras coisas, disse que era preciso mostrar união e determinação para “livrar o Brasil do fanatismo político” e repetiu ao menos cinco vezes que Bolsonaro precisa “ir embora”.

“Bolsonaro tem de ir embora, sobretudo porque é, sem sombra de dúvida, o mais irresponsável, imprudente e incompetente governo que o Brasil já teve. É hora de Bolsonaro ir embora, seu tempo acabou, suas ideias e seus conceitos não servem ao país, suas mentiras não mais se sustentam, seu plano ardiloso contra democracia fracassou e as urnas vão livrar o Brasil de todo mal que ele causou”, discursou.

Alckmin atacou as tentativas do presidente de desestabilizar as instituições e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. “Quem alega fraude tem de provar e quem não prova tem de ser punido pela farsa de acusar. Não vamos cair no jogo da mentira, não vamos nos render às manhas de um presidente que não quer voltar para casa”, disse.

O ex-tucano também fez um apelo aos setores do eleitorado que ainda têm resistências ao nome de Lula, os brasileiros que não compartilham do nosso ponto de vista, que não comungam dos nossos ideais e das nossas convicções” – o discurso mirou principalmente o empresariado e a classe média. “Eu quero dizer a esses brasileiros: Bolsonaro falhou com vocês”.

Na sequência, listou empresários (“que têm dificuldade de honrar os seus compromissos, que se sentem acuados e foram prejudicados por uma política econômica malsucedida, que gera inflação, elevou juros, tornou financiamento mais caro”), os trabalhadores (“que vivem com medo do desemprego, que viram diminuído o valor do seu salário, que se endividaram”) e as famílias (“os pais e mães que querem que seus filhos tenham uma boa educação em escola pública, aos alunos que procuram e merecem um lugar na universidade, aos parentes e amigos de tantos brasileiros que morreram vítima de uma pandemia que o governo queria combater com medicação falsa”).

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