Ex-presidente do Banco Central, do BNDES e um dos pais do Plano Real seria uma sinalização ao mercado de um nome "profissional" que falará sobre economia na campanha presidencial
Persio Arida e Geraldo Alckmin
A partir desta segunda-feira (23), a campanha do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) começa, de fato, a distribuir tarefas e dividir agendas com aliados e assessores mas, principalmente, voltar todas as atenções à área econômica.
Seja na estratégia de enfrentamento a Jair Bolsonaro (PL), seja na coordenação do programa de governo econômico, há um consenso entre integrantes do comitê Lula-Alckmin – que defenderam a aliança "ao centro" desde o começo – que a campanha precisa sinalizar, sim, ao mercado com um nome "profissional" que falará sobre economia na campanha.
Um dos favoritos entre interlocutores tanto de Lula quanto de Alckmin é o nome do ex-presidente do Banco Central e ex-presidente do BNDES Pérsio Arida.
Arida, muito respeitado no mercado, é um nome de confiança de Alckmin e ligado a administrações do PSDB. Um dos pais do Plano Real, no governo Fernando Henrique Cardoso, ele também coordenou o programa econômico de Alckmin na campanha de 2018. Em março, Arida teve conversas com Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo, que tem discutido temas econômicos para a campanha de Lula- mas sem ser oficializado como interlocutor do assunto.
Arida, no entanto, não fechou nada com a campanha – mas virou o sonho de consumo de interlocutores de Lula e Alckmin que querem sinalizar ao mercado uma espécie de "Carta aos Brasileiros 2.0".
Na avaliação de assessores da campanha, o anúncio de Alckmin na vice de Lula teve, até aqui, efeito importante mas simbólico: o ex-tucano é uma peça isolada no tabuleiro e o comitê quer que ele atraia "os seus". Arida seria concretizar essa ideia, o efeito do que Alckmin pode fazer pela campanha – ampliando a ideia central da campanha de que a chapa é ampla e não apenas do PT.
Fonte - Andréia Sadi
Comentários
Postar um comentário