Bolsonaro volta a espalhar fake news sobre ‘sala secreta’ do TSE

Informação já foi desmentida pela Corte, que no início do mês respondeu a questionamentos do Ministério da Defesa reiterando explicação


Laísa Dall'Agnol - Radar/Veja

Jair Bolsonaro (PL) voltou, nesta quinta-feira, a espalhar fake news sobre o processo eleitoral brasileiro.

Durante sua live semanal, o presidente mencionou mais uma vez a “sala secreta” de apuração dos votos — algo que já foi desmentido pelo TSE em mais de uma ocasião.

Ao ler uma notícia sobre declaração do presidente da Corte, Edson Fachin — que afirmou que o pleito deste ano poderá contar com mais de 100 observadores internacionais –, Bolsonaro disparou contra o ministro.

“Pode botar um milhão [de observadores]. Vão observar o que? Vão ter acesso ao código fonte? Vão estar na sala secreta pra ver como é a apuração? Qual o conhecimento deles de informática?”, questionou o presidente.

Bolsonaro queixou-se, ainda, de que tem sido “cerceado” sobre discutir as eleições. “Se você não discutir as coisas, não pode ser aperfeiçoado. Igual a urna. Não pode ser discutido. Discutir a urna agora é um crime, um ato que está atentando contra a democracia, é golpista”, ironizou.

Em ofício de resposta a sugestões do Ministério da Defesa sobre as eleições, o TSE voltou a negar a existência de “sala escura” de apuração de votos.

“Não há, pois, com o devido respeito, sala escura de apuração. Os votos digitados na urna eletrônica são votos automaticamente computados e podem ser contabilizados em qualquer lugar, inclusive, em todos os pontos do Brasil”, diz trecho do documento enviado.

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