Rodrigo Garcia comemora novo Datafolha ao Governo de SP

O tucano, que acaba de assumir o governo, deve ter mais visibilidade nos próximos meses



Na equipe de Rodrigo Garcia (PSDB), o clima é de comemoração e surpresa pelos números em um dos cenários mostrarem ele empatado em segundo lugar com Tarcísio de Feitas (Republicanos), na pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (7).

Sem Márcio França (PSB) na disputa, Haddad amplia a vantagem para 35% e o tucano ganha força. Nesse caso, a segunda colocação fica dividida entre Tarcísio e Rodrigo, cada um com 11% —o que mostra a divisão dos votos do nome do PSB entre o ex-prefeito e o governador.

O grupo de Rodrigo não esperava que ele fosse alcançar Tarcísio tão rapidamente. Nas contas das redes de aliados, inclusive, já circulam montagens exaltando esse aspecto.

Um dos pontos positivos ressaltados pelo entorno do tucano é que, por ser menos conhecido que outros candidatos, sua pontuação tende a crescer, uma vez que outros candidatos, como França e Haddad (PT), têm forte recall.

O cenário para Rodrigo, que foi vice de João Doria (PSDB), e para o ex-ministro da Infrestrutura são semelhantes: eles têm baixo conhecimento do público, baixa rejeição e um padrinho problemático, mal avaliado em São Paulo.

Tanto Rodrigo quando Tarcísio são conhecidos apenas por 38% dos eleitores ouvidos. A rejeição do tucano é de 17%, contra 16% do candidato de Bolsonaro.

Rodrigo assumiu o governo no início deste mês, logo, espera-se que o índice de conhecimento dele aumente bastante a partir de agora.

Ele tem feito agendas com grande frequência na capital e, pelo menos duas vezes por semana, no interior. Além disso, mudou o estilo de entrevistas coletivas frequentes do ex-governador João Doria (PSDB), de quem pretende se descolar, e fará mais agendas na rua.

No cenário em que França concorre ao governo paulista, a pesquisa Datafolha traz o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) e o deputado federal Vinicius Poit (Novo) com 2% das intenções de voto, também empatados no limite da margem com Rodrigo, e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) e o metroviário Altino Junior (PSTU), com 1%.

Brancos, nulos ou nenhum somam expressivos 23%, e 7% dizem não saber em quem vão votar.

Esse cenário tem sido visto como interessante pelo PT, pois daria dois palanques para Lula (Haddad e França) e colocaria obstáculos para o crescimento visto como inevitável de Rodrigo, que acaba de assumir o governo, no campo à direita.

O instituto ouviu 1.806 moradores de 62 cidades paulistas nesta terça (5) e quarta (6). A margem de erro do levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Folha.com

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