Após Datafolha, Ricardo Nunes e Rodrigo Garcia ajustam estratégia para driblar desconhecimento entre eleitores

Enquanto governador e pré-candidato tenta descolar sua imagem de João Doria, prefeito da capital busca agenda positiva

Rodrigo Garcia e Ricardo Nunes

GGustavo Schmitt - O Globo

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), têm em comum o desafio de vencer a barreira do anonimato entre eleitores. 

Pré-candidato ao governo estadual, Garcia foi empossado há quase duas semanas após a renúncia do ex-governador João Doria e aposta numa agenda de entrega de obras no estado e num gabinete itinerante em cidades do interior para se aproximar de prefeitos e tornar-se mais conhecido. De acordo com o Datafolha, mais de 80% dos paulistanos não o conhecem ou o conhecem pouco.

Nas últimas semanas, Garcia intensificou a estratégia de se descolar de Doria, que sofre com alta rejeição. Não por acaso, desde que chegou ao poder, Garcia tem viajado o estado sem a presença de Doria. Ele também tem destacado sua experiência em outros governos para demarcar diferenças e se desvincular do antecessor. “Trabalhei com cinco governadores diferentes. Se você não me conhece, conhece os programas que criei e ajudei a fazer como o Bom Prato (restaurantes populares) e o vale-gás”, diz Garcia, em vídeo em suas redes sociais.

Nunes, por sua vez, está no cargo há 11 meses, desde a morte de Bruno Covas. É reprovado por 30% da população paulistana, enquanto apenas 12% o aprovam, segundo o Datafolha. Para reverter o quadro, aliados dizem que a gestão tem direcionado mais recursos para periferias e investido em programas onde ele tem reduto eleitoral. Seus interlocutores avaliam que Nunes deve melhorar a imagem a partir do terceiro ano de mandato, quando devem aumentar as entregas de governo.

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