Doria, Tebet, Moro e d'Avila fazem manifesto pró-Ucrânia e cobram Bolsonaro

Pré-candidatos à Presidência pregam que governo brasileiro se una às nações que defendem a soberania da Ucrânia


João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Sergio Moro (Podemos) e Felipe d'Avila (Novo)

Folha.com

Presidenciáveis da chamada terceira via divulgaram, nesta terça-feira (1º), um manifesto conjunto em apoio à Ucrânia após a invasão do país pela Rússia. O texto é assinado por Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Felipe d'Avila (Novo).

"Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito", diz o manifesto em tom de cobrança ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro vem pregando neutralidade no conflito. O presidente, no entanto, é simpático ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem se reuniu no último dia 16.

"Nós, pré-candidatos à Presidência da República, tornamos público o nosso repúdio à invasão da Ucrânia e oferecemos a nossa solidariedade ao povo ucraniano. Pedimos à Rússia que retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz", afirma o texto.

"A defesa da paz, soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautaram a política externa brasileira. Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço para neutralidade. É preciso defendê-los de maneira inequívoca por meio de nossas escolhas e ações", declaram os presidenciáveis.

"O ataque militar à Ucrânia, país soberano, pela Rússia, é uma tentativa condenável de mudar status quo da Europa por meio da força, estimula a retomada de uma corrida armamentista e coloca em risco a soberania de países que lutaram contra tiranias por liberdade e inserção na comunidade das nações", completam.

Como mostrou a Folha, a guerra na Ucrânia abriu uma nova rodada de ataques entre os candidatos da terceira via e os candidatos que polarizam a eleição, o ex-presidente Lula (PT) e Bolsonaro.

A guerra na Ucrânia já é considerada um assunto incontornável na corrida presidencial, mesmo que as consequências e a duração do conflito ainda sejam desconhecidas. O combate na Europa opôs os principais presidenciáveis, evidenciou contradições e influenciará planos de governo.

Em viagem ao México, Lula pregou a união da América Latina pela paz e afirmou que deve decidir sobre a oficialização de sua candidatura à Presidência da República ao retornar para o Brasil na próxima semana.

"A América Latina deve estar unida nesse esforço por um mundo que quer a paz e já não pode suportar a guerra", afirmou Lula ao jornal mexicano La Jornada nesta terça, dias depois do começo da guerra na Ucrânia.

Em entrevista na semana passada, Lula havia dito que "ninguém pode concordar com a guerra".

"A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", disse Lula, em crítica sutil à decisão da Rússia, governada por Vladimir Putin, de iniciar os ataques à Ucrânia.

Ainda na entrevista à Rádio Supra FM, de Luziânia (GO), Lula disse que "Putin precisa saber que o povo não precisa de guerra".

Já Bolsonaro, durante seu encontro com Putin, declarou solidariedade ao país, gerando a percepção de alinhamento com o presidente russo e uma reação incisiva dos Estados Unidos, que colocou o Brasil "do outro lado em que a maioria da comunidade global está".

Comentários

  1. Esse Moleque,que está na Presidência do Metido a Hitler...Precisa ser Extinto com os Seus, do Brasil: ( Alguém mandem Eles pra lá pra junto do Putin ,)

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