Cidade de São Paulo começa a vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid nesta segunda

Nesta primeira etapa da vacinação infantil, a imunização é exclusiva para indígenas, quilombolas e quem tem alguma comorbidade ou deficiência permanente



A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), disponibiliza a partir desta segunda-feira a consulta de disponibilidade de doses pediátricas da vacina antiCovid e a movimentação das unidades na plataforma “De Olho na fila”. Com isso, os pais ou responsáveis podem verificar as informações com antecedência, antes de se dirigirem aos postos no horário mais conveniente.

A capital inicia nesta segunda-feira (17), a partir das 8h, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos de idade com comorbidades ou deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual). A imunização também estará disponível para crianças indígenas aldeadas da mesma faixa etária. O esquema vacinal para as crianças é de duas doses, com intervalo de oito semanas entre uma e outra.

As crianças devem estar acompanhas por um responsável maior de 18 anos e apresentar documento de identificação (preferencialmente CPF), carteirinha de vacinação, comprovante de condição de risco para os comórbidos (exames, receitas, relatório ou prescrição médica físicos ou digitais, contendo o CRM do médico e com até dois anos de emissão) e comprovante da deficiência para os deficientes permanentes (laudo médico, cartão de gratuidade no transporte público, documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas ou documento oficial de identidade com a indicação da deficiência).

A capital paulista recebeu nesta sexta-feira (14), 64.090 doses de vacinas destinadas à imunização das crianças, que foram distribuídas para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais AMAs/UBSs Integradas, encarregadas pela aplicação dos imunizantes.

Veja aqui a lista com os endereços das UBSs. E aqui a lista das AMA/UBS Integradas. Os endereços também podem ser acessados pelo Busca Saúde.


Quais crianças podem se vacinar contra a covid-19 em São Paulo?
Nesta primeira fase da imunização infantil, a capital paulista aplicará a vacina apenas em crianças de 5 a 11 que tenham alguma comorbidade ou deficiência permanente, além de indígenas aldeadas ou quilombolas. 

Qual a vacina contra a covid-19 usada em crianças?

Até o momento, a única vacina aprovada no Brasil para a população pediátrica é a Pfizer. O Instituto Butantan protocolou um novo pedido para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também libere a aplicação da Coronovac nas crianças de 3 a 11 anos. A expectativa é que a resposta do órgão seja divulgada na próxima semana. 
 
A vacina contra a covid-19 é segura para crianças?

Sim. A vacinação infantil contra a covid-19 foi recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já acontece em, pelo menos, 31 países. Confira a lista aqui
 
Quando começa a vacinação contra a covid-19 no restante das crianças em São Paulo?

A previsão da Prefeitura de São Paulo é que crianças sem comorbidade ou deficiência permanente e que não são quilombolas ou indígenas possam ser vacinadas contra o coronavírus a partir da segunda semana de fevereiro. Esse cronograma pode ser alterado caso haja alguma mudança na entrega de doses da Pfizer pelo governo federal ou liberação de outro imunizante pela Anvisa. 

Quais documentos preciso levar para vacinar crianças contra a covid em São Paulo?

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) exige algum documento de identificação da criança (CPF, certidão de nascimento ou RG), carteirinha de vacinação e comprovação da comorbidade ou deficiência. Para este último, valem laudo médico, cartão de gratuidade no transporte público, documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas ou documento oficial de identidade com a indicação da deficiência. 

É preciso fazer o pré-cadastro para a vacinação infantil contra a covid em São Paulo?

O pré-cadastro não é obrigatório, mas o governo paulista recomenda que ele seja feito (no site VacinaJá) para evitar filas e adiantar o atendimento no dia de aplicação da vacina. 


Confira abaixo a lista de comorbidades consideradas:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar;
  • Síndromes coronarianas;
  • Valvopatias;
  • Miocardiopatias e Pericardiopatias;
  • Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
  • Arritmias cardíacas;
  • Cardiopatias congênitas;
  • Próteses valvares;
  • Dispositivos cardíacos implantados;
  • Talassemia;
  • Síndrome de Down;
  • Diabetes mellitus;
  • Pneumopatia crônica grave;
  • Hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3;
  • Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo;
  • Doença cerebrovascular;
  • Imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos);
  • Anemia Falciforme;
  • Obesidade mórbida;
  • Cirrose hepática;
  • HIV.

Confira abaixo a lista de deficiências permanentes consideradas:

  • Física: limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas; 
  • Sensorial: indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo; 
  • Visual: indivíduos com baixa visão ou cegueira. Considera-se baixa visão ou visão subnormal quando o valor da acuidade visual corrigida no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou seu campo visual é menor do que 20º no melhor olho com a melhor correção óptica (categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10) e considera-se cegueira quando esses valores se encontram abaixo de 0,05 ou o campo visual menor do que 10º (categorias 3,4 e 5 do CID 10);
  • Intelectual: indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais.

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