Eduardo Leite pisa na bola, e João Doria pisa no pé dele

E tudo isso às vésperas da indicação do candidato do PSDB à sucessão de Bolsonaro

João Doria e Eduardo Leite

Ricardo Noblat - Metrópoles

O dia “horrible” de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, aspirante a candidato do PSDB à Presidência da República, foi ontem. Fernando Henrique Cardoso renovou seu apoio a João Doria, governador de São Paulo, que concorre contra Leite.

E representantes do governador gaúcho propuseram em reunião com representantes de Doria, e na presença do presidente nacional do PSDB, ex-deputado Bruno Araújo, o adiamento das prévias do partido marcadas para o próximo domingo.

Por Leite falaram os ex-deputados federais Jutahy Magalhães Junior (BA) e João Almeida (MG). Doria e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, o terceiro aspirante a candidato, recusaram a proposta e soltaram nota em que dizem que democracia não se adia.

Restou a Leite negar que Magalhães e Almeida falassem em seu nome. A reunião foi gravada. O adiamento proposto tem a ver com a falta de confiança de Leite e dos seus apoiadores no aplicativo criado para que filiados ao PSDB possam votar a distância.

Doria, hoje, será recebido em Porto Alegre por Yeda Crucius (PSDB), ex-governadora do Rio Grande do Sul. Leite diz acreditar que vencerá. Se acreditasse nisso, não teria manobrado para adiar a votação. Ou então não manda nos que dizem representá-lo.

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