Ao lado de Doria, Arthur Virgílio prega 'desbolsonarização' do PSDB após prévias do partido

PSDB tenta concluir até o próximo domingo as prévias para escolha do candidato a presidente da República. Ex-prefeito de Manaus concorre com governadores de SP e RS



g1

O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, que disputa as prévias do PSDB para a escolha do candidato a presidente da República pela sigla, defendeu nesta terça-feira (23) a "desbolsonarização" do partido. 

Virgílio deu a declaração durante entrevista ao lado de um dos adversários na prévia, o governador de São Paulo, João Doria. 

No Congresso, deputados do PSDB já votaram a favor de projetos de interesse do governo Bolsonaro. Na votação da PEC dos Precatórios, por exemplo, a maioria da bancada apoiou a proposta, contestada pela oposição. No primeiro turno, 22 deputados do PSDB votaram a favor da PEC e 6 contra. No segundo turno, foram 21 votos a favor e 11 contra. 

Doria e o outro concorrente de Virgílio nas prévias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, apoiaram Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018. 

"Eu não vou abrir mão da luta pela desbolsonarização deste partido. O governo Bolsonaro, enquanto não acabar, eu não durmo com tranquilidade. As coisas estão muito complicadas. Na Amazônia, na questão do emprego, sinto que temos um desgoverno. As nossas intenções são as melhores possíveis no sentido de unidade, de união. Eu vim aqui hoje com o espírito de não falar mal de ninguém. A não ser que me perguntem", declarou o ex-prefeito. 

O PSDB tenta concluir até o próximo domingo o processo das prévias, suspenso no último domingo (21) em razão de um problema técnico no aplicativo de votação, que impediu os votos da maioria dos filiados. 

A ferramenta inicialmente contratada pela legenda, desenvolvida pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresentou falhas e instabilidade, o que levou à suspensão da votação. Tucanos estimam que somente 8%, dos quase 44 mil votantes, conseguiram confirmar o voto. 

Nesta terça, sócios da empresa RelataSoft se reuniram com representantes das três campanhas e fecharam um contrato que abrange desde a fase de testes até a conclusão da votação. Está prevista para a noite desta terça a realização de uma fase de “ataques” para checar as vulnerabilidades da ferramenta.

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