Secretário particular de Doria critica Queiroga e diz que ministro é ingrato

Wilson Pedroso criticou declarações do titular da Saúde sobre a vacina Coronavac

Wilson Pedroso, secretário particular do governador João Doria (PSDB) 

Mônica Bergamo - Folha.com

Secretário particular e braço direito do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Wilson Pedroso criticou declarações do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) sobre a vacina Coronavac.

Nesta terça (5), após voltar ao trabalho depois de um período de quarentena nos EUA, Queiroga afirmou à imprensa que existe a possibilidade de o imunizante fabricado pelo Instituto Butantan entrar no PNI (Programa Nacional de Imunizações) se receber o registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Atualmente, a Coronavac só possui o registro para uso emergencial na agência reguladora.

“Esse imunizante [Coronavac] recebeu o registro emergencial na Anvisa. Nós esperamos que a Anvisa conceda o registro definitivo. Uma vez concedido o registro definitivo, o ministério considera essa ou outra vacina para fazer parte do PNI", afirmou Queiroga.

"É a maior prova da ingratidão", afirmou Pedroso em nota enviada à coluna. ​Em live em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o ministro da Saúde havia recebido as duas doses da Coronavac. ​​

"O que Queiroga não conta é que a Coronavac fez despencar em 88% o número de mortes das pessoas com mais de 70 anos entre março e agosto no Brasil, segundo dados do próprio Ministério da Saúde. E que a CPI da Covid já aprovou requerimento em que pede explicações ao ministro sobre o boicote à vacina do Butantan para 2022", seguiu Pedroso.

Durante viagem da comitiva brasileira para a participação na Assembleia-Geral da ONU, Queiroga contraiu Covid e precisou se manter isolado até obter um resultado negativo em testes para a doença.

​O ministro estava hospedado no mesmo hotel que Bolsonaro e permaneceu no local. Queiroga esteve em vários eventos ao lado do presidente, como o jantar que terminou em confusão. Na ocasião, ele mostrou o dedo do meio a ativistas que protestavam contra o governo.

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