Paulistanos rechaçam onda negacionista e impõem derrota a discurso de Bolsonaro

Entre os grandes acertos do prefeito Ricardo Nunes está a manutenção de Edson Aparecido no cargo de secretário da Saúde

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido 
Ilustração: Kleber Sales

Alberto Bombig e Matheus Lara - Estadão

Mais do que praticamente concluir as aplicações em primeira dose da vacinação contra a covid-19 nos paulistanos acima de 18 anos, a Virada da Vacina assinalou derrota substancial ao discurso negacionista.

Na maior cidade do País, a porcentagem de 99,15% de imunizados chama atenção também se comparada às taxas de outras capitais: Rio tinha até ontem 87,1% de seus adultos vacinados com uma dose. Porto Alegre, 82,2%; Belo Horizonte, 70,7%.

É justamente na capital paulista que Bolsonaro amarga os piores índices de rejeição no Estado.

O bom resultado marca a primeira vitória política relevante do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que assumiu a cidade após a morte de Bruno Covas (PSDB) cercado de desconfiança.

Entre os grandes acertos de Nunes está a manutenção de Edson Aparecido (PSDB) no cargo de secretário da Saúde, órgão responsável pelo evento que reuniu até DJs para motivar os paulistanos a tomar a vacina contra a covid-19.

“A vacinação em São Paulo mostra que o paulistano não está no universo do negacionismo. Valorização fundamental da ciência e dos protocolos sanitários. Politicamente, é uma derrota para o governo Bolsonaro”, diz o cientista político Rodrigo Prando.

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