Procurador-geral da República vai intimar ministro da Defesa Braga Netto para explicar ameaças às eleições

O general teria afirmado a parlamentares que as eleições de 2022 não ocorreriam caso o voto impresso não seja adotado

Bolsonaro e Braga Netto


Painel da Folha

O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai intimar o ministro da Defesa, Braga Netto, para se explicar sobre as supostas ameaças que teria feito contra o processo eleitoral. O general teria afirmado a parlamentares que as eleições de 2022 não ocorreriam caso o voto impresso não seja adotado no Brasil.

Depois da ameaça, Braga Netto virou alvo de quatro ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça (27), o ministro Gilmar Mendes encaminhou os procedimentos a Aras para que ele dê encaminhamento aos pedidos.

Aras quer ouvir o general e também o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a quem parlamentares relataram as ameaças. Só então decidirá se propõe a abertura de um inquérito contra o militar.

Braga Netto fez as ameaças ao senador e futuro ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).

Além de Ciro, uma nova testemunha pode ajudar a esclarecer o que ocorreu: o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Pereira ouviu o relato sobre as afirmações do general contra as eleições do próprio Ciro Nogueira. Em seguida, os dois procuraram Arthur Lira para relatar o tom inusitado das colocações do militar.

O voto impresso virou bandeira do presidente Jair Bolsonaro. Mas deve ser derrotado na comissão especial da Câmara dos Deputados que discute o tema.

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