Justiça veta megachurrasco para 2.000 pessoas que receberia Bolsonaro em Presidente Prudente

Na decisão, o juiz  afirma que uma cerimônia só poderia estar inserida na categoria dos eventos-teste anunciados pelo governo Doria, o que não era o caso do churrasco para o presidente



A Prefeitura de Presidente Prudente decidiu revogar, em cumprimento de decisão judicial, decretos que permitiam a realização de um megachurrasco com 2.000 pessoas em um recinto de exposições local para recepcionar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo sábado (31).

Bolsonaro visitará a cidade para o credenciamento junto ao SUS (Sistema Único de Saúde) do Hospital Regional do Câncer, que agora passará a ser chamado de Hospital da Esperança. A agenda extraoficial previa, além de uma motociata com apoiadores durante a manhã, o almoço agora cancelado com líderes ruralistas.

Os decretos municipais assinados pelo prefeito Ed Thomas (PSB), que flexibilizavam restrições sanitárias em meio à pandemia e cediam o espaço conhecido por receber a feira agrária da cidade e leilões de gado, foram alvo de ação civil pública do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) na terça (27).

Na decisão liminar favorável à Promotoria, expedida nesta quarta (28), o juiz Darci Lopes Beraldo afirma que uma cerimônia deste tamanho só poderia estar inserida na categoria dos eventos-teste anunciados pelo governo João Doria (PSDB), o que não era o caso do churrasco previsto para recepcionar o presidente.

À Folha, a prefeitura afirmou ter conhecimento, quando feitos os decretos, de que seria realizado um almoço desta magnitude e que não irá recorrer da decisão judicial. Disse ainda que o evento era encabeçado pela UDR (União Democrática Ruralista), de quem a reportagem ainda não obteve retorno após contato por email.

Fonte: Paulo Batistella - Folha.com

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