Ex-presidente da República afirma que é um erro modificar o que, segundo ele, 'deu certo'
Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se colocou contra a adoção do sistema de voto com impressão, defendida por boa parte dos deputados federais em mandado e, principalmente, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). FHC, que foi eleito em 1994 ainda num sistema majoritariamente impresso e, depois, em 1998, foi reeleito já no sistema eletrônico. Para o tucano, seria um erro mudar o que, na opinião dele, deu certo.
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"O sistema eleitoral, depois que o voto passou a ser sem papel manuscrito, funcionou bem. Para que mudá-lo? Por bons motivos não parece ser… Há tanta coisa errada que requer ação que me parece equivocado mudar o que deu certo", afirmou o ex-presidente da República.
Está em discussão em comissão especial da Câmara adoção de um sistema em que a urna eletrônica imprimiria o voto feito pelo eleitor na tela. Esse comprovante cairia dentro da própria urna, podendo apenas ser visualizado pelo eleitor na hora da impressão. Especialistas têm apontado que isso poderia quebrar a inviolabilidade do voto, que causaria confusões e dificuldades de apuração. Defensores do voto com impressão apontam que não há como confirmar a segurança da urna eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é contra a mudança e afirma que as urnas eletrônicas são seguras e invioláveis.
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