Prefeitura de SP negocia compra de 5 milhões de doses da vacina da Janssen contra a Covid, diz secretário da Saúde

Gestão municipal se reúne nesta quarta (3) com representantes da farmacêutica do grupo Johnson&Johnson. Anvisa ainda não liberou uso do imunizante no Brasil. Edson Aparecido diz negociar também com a Pfizer. Expectativa é a de adquirir outras vacinas e ampliar a vacinação para todos os idosos, professores e profissionais da área de segurança.

O secretário Municipal de Saúde, Edson aparecido fala sobre negociação de compra de novas vacinas

G1

O secretário municipal da Saúde de São Paulo disse nesta quarta-feira (3) que a prefeitura negocia a compra de doses de vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Janssen, do grupo Johnson&Johnson, e também do imunizante produzido pela Pfizer.

"Nós iniciamos as negociações com dois laboratórios: da Pfizer e também da Jonhson [& Jonhson]. Temos uma reunião hoje, a primeira, muito importante. A nossa ideia é exatamente participar não só da Frente Nacional de Prefeitos, mas também isoladamente buscar a compra de novas vacinas por conta da necessidade imperiosa que nós temos de avançar na imunização", disse Edson Aparecido, em entrevista à GloboNews nesta quarta (3).

A vacina da Janssen ainda não foi liberada pela Anvisa para uso no país. Já a da Pfizer foi a primeira a obter registro definitivo no Brasil.

"No caso a vacina da vacina da Johnson ela tem uma dose única, foi aprovada por agências internacionais, está na fase final de aprovação aqui da Anvisa. Vamos torcer para que hoje a reunião possa avançar, e para que o município de São Paulo, além das vacinas que têm recebido do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan, possa ter mais uma vacina para avançar na imunização".

Segundo o secretário, no caso da vacina da Janssen, a gestão municipal pretende comprar entre 5 a 6 milhões de doses para conseguir vacinar toda a população idosa do munícipio, além de professores e profissionais da área de segurança.

"Se evoluirmos depois com a Pfizer, nós negociaríamos, então, uma outra quantidade de vacinas. Mas com a Janssen exatamente entre 5 e 6 milhões de doses, o que nos permitiria encerrar a vacinação de idosos, pessoas com comorbidades na cidade, que passam de 1 milhão de pessoas, mais professores e aqueles profissionais que atuam na área de segurança."


Situação da capital

Aparecido também afirmou que a cidade vive o pior cenário no sistema de saúde desde o final de 2020.

“Nós tínhamos no início da semana 80% dos leitos de UTI ocupados na cidade e 70% dos leitos de enfermaria. É a pior taxa desde outubro do ano passado. Abrimos ontem 100 novos leitos de UTI em quatro hospitais públicos e contratualizamos um novo hospital, o hospital Cantareira, que a partir da semana que vem passa a receber 100 pacientes com sintomas leves e moderados.”

O secretário defendeu medidas mais restritivas para conter o avanço da doença. Ele afirmou que em reunião nesta terça (2), o comitê estadual de saúde sugeriu que todo o estado seja colocado na fase vermelha, a mais restritiva do plano.

“As medidas de restrição que seguramente serão anunciadas hoje são fundamentais e elas precisam ocorrer em todo o estado para que a gente tenha o resultado em 15 dias, duas semanas, de regressão da doença.”


Hospitais de Campanha

Ainda de acordo com o secretário, a prefeitura não pretende, por agora, reativar os hospitais de campanha, mas uma nova unidade deve ser aberta pela gestão estadual.

“Não prevemos neste momento ainda retomarmos os chamados hospitais de campanha. Eles cumpriram um papel importante na primeira onda e na crise do ano passado, quando nós não tínhamos os hospitais efetivos que a prefeitura abriu na cidade. Agora estamos nos concentrando mais no aumento de leitos nesses hospitais.”

“O governo do estado pretende abrir um hospital de campanha aqui na cidade de SP para poder inclusive atender não só a população da cidade, mas de outras regiões”.

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