Prefeitura de SP amplia vacinação contra a Covid e começa a imunizar nesta quarta todos os funcionários de unidades básicas

Com chegada da vacina de Oxford, todas as equipes de AMAs, UPAs, UBSs e prontos-socorros públicos e privados que são referência para a doença serão vacinadas; antes, apenas profissionais da linha de frente receberiam vacina. Funcionários e moradores de residências terapêuticas, além dos idosos assistidos, também serão imunizados contra a Covid-19. 



O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido

A Prefeitura de São Paulo começa a vacinar nesta quarta-feira (27) todos os funcionários que atuam em hospitais públicos e privados que são referência no tratamento contra a Covid-19 na cidade, além dos funcionários de unidades básicas de saúde, idosos em centros de acolhidas e pessoas com transtornos mentais que moram em residências terapêuticas.

“Nós vamos dar um passo muito importante, nós vamos vacinar todos os profissionais e auxiliares de saúde que estão nos hospitais públicos e privados que são exclusivamente Covid. Naqueles hospitais públicos e privados que são parcialmente Covid nós já imunizamos os profissionais de saúde e vamos imunizar os funcionários que trabalham na cozinha, na limpeza, da administração, na coleta de exames", afirmou o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido.

O aumento do público-alvo da vacinação ocorre após o recebimento de 165.300 doses da vacina AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e importada da Índia pelo governo federal.

"E vamos ampliar e vacinar todos os funcionários da prefeitura que trabalham na atenção básica: nas UPAs, nos prontos-socorros, nos prontos-atendimentos, nas AMAS, AMAS Especialidades, nas UBSs Integradas e todos os agentes comunitários de saúde serão vacinados", declarou.

Antes, a campanha municipal de vacinação contra Covid-19 previa a imunização apenas de profissionais de saúde da linha de frente e idosos que vivem em asilos.


“Agora nós vamos vacinar os idosos em casas que estão dentro dos programas e os doentes mentais que estão nos nossos serviços de recuperação terapêutica, Então, nós vamos também avançar nesta faixa da população”, afirmou Aparecido.

A vacina AstraZeneca/Oxford, chamada ChAdOx1, foi distribuída na terça (26) na cidade, um dia após o recebimento das doses.

Passam a fazer parte do público-alvo da campanha contra Covid-19 na cidade de São Paulo:

  • Todos os funcionários de hospitais dedicados apenas ao atendimento de Covid-19, tanto privados quanto públicos.
  • Todos os funcionários de hospitais públicos e privados que atuam no atendimento a pacientes com Covid-19, incluindo reabilitação, coleta de laboratório, limpeza e administrativo.
  • Todos os funcionários de Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Pronto Socorro (PS), Pronto Atendimento (PA), Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e Unidade Básica de Saúde (UBS).
  • Funcionários e idosos do Programa de Assistência ao Idoso (PAI), que é voltado para maiores de 60 anos em situação de fragilidade clínica ou vulnerabilidade social.
  • Funcionários e idosos acamados atendidos por serviços da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD).
  • Funcionários e residentes dos Serviços de Residência Terapêutica (SRT), moradias destinadas a pacientes egressos de hospitais psiquiátricos.
  • Funcionários e residentes das Unidades de Acolhida (UA), moradias provisórias destinadas a pessoas em tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Antes, o programa municipal já previa a vacinação dos seguintes grupos:

  • Cerca de 200 mil profissionais de saúde da linha de frente, das redes pública e privada, que atuam 24 horas por dia atendendo pessoas com suspeita ou confirmação de Covid-19.
  • 14.173 idosos que moram em asilos na capital.

Início da vacinação


A Prefeitura de São Paulo já recebeu, na primeira leva de distribuição de vacinas contra Covid-19, 430 mil doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Uma segunda leva de doses da CoronaVac, estas envasadas no Brasil, está sendo distribuída pela Secretaria da Saúde de São Paulo. Essas 200 mil doses devem chegar aos municípios nos próximos dias.

Na primeira fase da campanha municipal, foram contemplados profissionais da linha de frente, tanto os que atuam em UTI e enfermaria, quanto os que atendem casos suspeitos em serviços como AMAs, UPAs e UBSs. Também foram incluídos no primeiro grupo prioritário da vacinação municipal os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a primeira remessa de vacina recebida pelo município não foi suficiente para todos os cerca de 500 mil profissionais da área da saúde da capital. Por isso, foram priorizados aqueles que atuam na linha de frente.

“Neste primeiro momento, é o profissional 24 horas envolvido com tratamento da doença [Covid-19]. Como nós não temos a quantidade total de doses para poder administrar imediatamente em todos os profissionais, nós achamos melhor fazer um critério, e paulatinamente vamos vacinar os profissionais que correm mais risco”, disse Aparecido no início da vacinação em SP.

O estado de São Paulo tem cerca de 9 milhões de pessoas no grupo prioritário que tem direito a receber as primeiras doses da CoronaVac, considerando os profissionais da saúde, os povos indígenas, quilombolas e também os idosos. Para estes últimos, ainda não há uma data exata de imunização.

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