Butantan entra com pedido na Anvisa de aval para uso emergencial da vacina contra Covid-19

É o primeiro pedido protocolado na agência de autorização a uma vacina contra Covid-19



O Instituto Butantan pediu oficialmente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quinta-feira (7) autorização para uso emergencial, no Brasil, da vacina Coronavac, nome dado à vacina contra Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e que, no Brasil, é fabricada pelo laboratório paulista.

A informação foi confirmada pela agência.

Esse é o primeiro pedido de autorização para que uma vacina contra a Covid-19 possa ser aplicada no país. Agora, a Anvisa terá dez dias para analisar os dados.

Em nota, a Anvisa diz que já iniciou a triagem dos documentos presentes na solicitação e da proposta de uso emergencial.

A agência diz que pretende usar as próximas 24h para fazer uma triagem do processo e checar se todos os documentos necessários estão disponíveis. "Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode pausar o prazo e solicitar as informações adicionais ao laboratório", informa.

A solicitação ocorre um dia após o instituto iniciar uma série de reuniões de pré-submissão dos dados à agência —espécie de pontapé para o pedido de aval. O Butantan divulgou dados que mostram que a vacina teve eficácia de 78% a 100% nos estudos finais feitos no Brasil.

O percentual de 78% se aplica à prevenção de casos leves da doença. Casos moderados e mortes foram completamente evitados no estudo, que teve dados revisados na Áustria pelo Comitê Internacional Independente.

Embora a Anvisa dê o prazo de dez dias, a expectativa de membros do Butantan é que a análise ocorra de forma rápida, já que o instituto já compartilhava dados da vacina com a agência nos últimos meses, por meio de um processo chamado de submissão contínua.

Além do Butantan, a expectativa é que a Fiocruz, que acompanha estudos da vacina de Oxford, também entre com pedido de uso emergencial da vacina nesta sexta (8).

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