Doria pode recorrer ao STF para garantir vacinação em São Paulo

Governador de São Paulo afirma a interlocutores que vai ao Supremo se Anvisa não liberar Coronavac

O governador João Doria (PSDB)

O governador João Doria pretende acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para iniciar a vacinação contra o coronavírus em 25 de janeiro no Estado de São Paulo caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tenha liberado o imunizante Coronavac. 

Nesta segunda-feira, 7, o governador anunciou que serão imunizados inicialmente idosos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas num total de 1,5 milhão de pessoas. Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina utilizada na campanha paulista está sendo desenvolvida pela chinesa Sinovac e será produzida pelo Instituto Butantã. 

O governador pretende esgotar outros recursos antes de ir ao STF. Uma vez no Supremo, o governador deverá se basear na lei 13979. Conforme interpretação do próprio órgão, proferida em abril deste ano, governadores e prefeitos possuem autonomia para impor planos para a contenção da pandemia. 

A aplicação da vacina depende da apresentação dos resultados de eficácia, o que ainda não ocorreu, Em seguida, o produto deve ser registrado na Anvisa. O Butantã promete divulgar os dados de eficácia até 15 de dezembro e entrar de imediato com pedido de registro. 

Para definir os prazos de uma eventual liberação, o governo paulista está baseado em declaração do gerente geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes. Em julho, Mendes afirmou que a Anvisa tinha condições de liberar um registro de medicamento em “até 30 dias”. Em agosto, o gerente geral mudou o prazo para “60 dias ou menos”. 

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