Simone Tebet: “Não há política social sem responsabilidade fiscal”

Em discurso de posse como ministra do Planejamento, Tebet reiterou o compromisso de sua gestão com a política fiscal responsável

Simone Tebet


Na primeira fala pública como ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) reforçou que sua gestão frente à pasta “não irá descuidar, em nenhum momento, da responsabilidade fiscal e dos gastos públicos”.

Na ocasião, a ex-senadora disse, também, não haver política social sustentável sem política fiscal responsável. “Seremos responsáveis com os gastos públicos. Pensando no presente, garantir pão a quem tem fome, abrigo a quem não tem teto, hospitais e remédios aos enfermos e emprego e renda aos desempregados”, defendeu.

Antes, a emedebista prometeu uma gestão “firme, austera, mas conciliadora”. “Nós vamos cuidar dos gastos públicos. Aí se verá o nosso lado firme, austero, mas conciliador”, destacou.

“Conciliaremos as necessidades e prioridades estabelecidas por cada ministério, dentro de suas respectivas atribuições, com os recursos disponíveis. Recursos públicos e parcerias, que serão construídas dentro do Programa de Parcerias de Investimento (PPI)”, prosseguiu a ministra.


“Cobertor é curto”

Tebet também defendeu não haver margem para “desperdícios ou erros”. “O cobertor é curto. Definidas as prioridades por cada ministério, caberá ao Ministério do Planejamento, em decisão técnica e política com as demais pastas econômicas e com o presidente Lula, o papel de enquadrá-las dentro das possibilidades orçamentárias”.

A ministra reiterou uma ação do Planejamento em cooperação com o Ministério da Fazenda. “Comungamos com a visão do ministro da fazenda, Fernando Haddad, da necessidade premente de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária, para garantirmos menos tributos sobre o consumo, um sistema tributário menos regressivo, com simplificação e justiça tributária. Somente assim teremos o crescimento necessário para garantir emprego e renda de que o Brasil necessita”, completou.

Tebet assumirá o ministério após uma série de impasses e negociações sobre o destino da senadora na nova gestão presidencial.

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