Geraldo Alckmin se reúne com representantes da indústria um dia antes da posse como ministro

CNI entregou ao vice-presidente lista demandas do setor para reforma tributária e inovação

Vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente da CNI, Robson Andrade


No documento com 14 propostas entregue pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que assume o novo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), a entidade pediu a recriação do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), o Conselhão formado no primeiro mandato de Lula com ministros e lideranças empresariais.

Na lista, a CNI também sugere ao governo priorizar a aprovação da PEC 110 para a reforma tributária e alterar a Lei do Bem para estimular inovação, entre outras demandas antigas do setor.

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Segundo a CNI, a reunião em que o documento foi entregue a Alckmin por Robson Andrade, presidente da entidade, durou mais de duas horas.

O gesto é tido como a abertura do diálogo e pavimenta a aproximação com o empresariado, depois de alguns tropeços com o setor na largada do novo governo. Antes de nomear Alckmin para o comando do ministério, Lula tentou, mas não conseguiu, atrair um nome de peso da indústria para o cargo. Ainda na campanha, o petista não participou da série de encontros promovido pela CNI com presidenciáveis. A conversa ficou concentrada na Fiesp, liderada por Josué Gomes.

Para a CNI, a recriação do conselho (ligado diretamente ao presidente, com a secretaria-executiva sob responsabilidade do novo MDIC) entra como uma das providências úteis para a implementação de uma política industrial moderna capaz de solucionar problemas coletivos.

O novo MDIC, conforme o pedido que a CNI entregou a Alckmin, também deve ter a secretaria-executiva da Camex (Câmara de Comércio Exterior). "O CNDI deve ser responsável pelo planejamento, definição de metas e avaliação da política industrial e a Camex, pelo planejamento, definição de metas e avaliação da política de comércio exterior", afirma o documento.

Segundo a CNI, manter a secretaria-executiva dos dois colegiados no mesmo ministério, e ambos com participação privada, pode ajudar no alinhamento das duas políticas.

Fonte: Painel S.A.

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