Prefeitura de São Paulo inaugura UPA Vergueiro

Com funcionamento da nova unidade, Hospital do Servidor ficará liberado para atendimento exclusivo do funcionalismo municipal

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, inaugurou nesta quinta-feira (09) mais uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade. Desta feita foi a UPA Vergueiro, a primeira na região central, com capacidade para realizar cerca de 15 mil atendimentos mensais. Agora, a capital conta com 20 UPAs, 16 entregues nos últimos quatro anos. Segundo o prefeito, a Unidade será muito importante porque atenderá os moradores do Centro, inclusive os em situação de rua e permitirá devolver o Hospital do Servidor ao funcionalismo.

“Nossa gestão tem como prioridade olhar para a população mais pobre e valorizar os servidores públicos e a UPA Vergueiro atende essas duas metas. Em 2017 só tínhamos na cidade três UPAs, hoje são 20, e somente neste ano é a sexta unidade que inauguramos”, declarou Ricardo Nunes. 

Para o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a importância desse equipamento está em sua localização.

“Além de ser a primeira UPA da região central, irá liberar o Hospital do Servidor para os servidores. Hoje o Hospital faz 500 mil consultas por ano e desse total 60% são para atender a população em geral, especialmente quem mora no Centro da cidade. Agora vamos devolver o Hospital ao servidor público”, declarou o secretário.

A UPA Vergueiro é uma unidade com atendimento 24 horas. Tem 23 leitos, incluindo os de observação e de isolamento (adulto e infantil) para pessoas acometidas por quadros agudos de natureza clínica e primeira intervenção para os casos cirúrgicos e de trauma.

De acordo com Aparecido, a abertura de uma unidade desse tipo na região central abrange todo o município.

“Ela está instalada num local de muito movimento e que abrange boa parte do Centro. Vai contribuir muito para o atendimento de urgência, ajudando ainda a desafogar os pronto-socorros locais”, disse.

No local é possível estabilizar os pacientes e realizar a investigação diagnóstica inicial para definir a conduta necessária para cada caso. A UPA vai oferecer ainda serviços de urgência e emergência em clínica médica, pediátrica, ortopédica, cirúrgica, odontológica, psiquiátrica e exames laboratoriais. Ao todo, trabalharão 388 profissionais da saúde. A estrutura física conta com 72 salas, entre consultórios, salas de avaliação de risco, serviço social, posto de enfermagem, quartos de isolamento, recepção e salas de espera, entre outros espaços. 

Com investimento total de R$ 7,16 milhões, a obra foi executada com recursos da Prefeitura em contrapartida aos investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte do programa Avança Saúde SP. Desse valor, cerca de R$ 5,3 milhões foram destinados à construção do prédio e R$ 1,9 milhão, à aquisição de equipamentos médicos e mobiliários. O custeio mensal da UPA será de aproximadamente R$ 4 milhões. 

O prefeito destacou o custeio desse um equipamento como esse.

“Para construir a Unidade custou R$ 7,1 milhões, mas para manter serão R$ 4 milhões por mês, ou seja, em dois meses as despesas serão maiores do que toda a obra. Por isso, a nossa gestão consegue manter uma saúde financeira em dia, pois toda inauguração traz uma obrigação financeira maior para manter aberto o equipamento à população”, explicou Nunes.

A UPA será administrada pela Associação Filantrópica Nova Esperança (Afne). A unidade integra a Rede de Atenção às Urgências, que concentra os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, hospitalar, domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

Avança Saúde SP

O Avança Saúde SP é um programa de reestruturação e requalificação das redes assistenciais da cidade de São Paulo que tem como objetivo ampliar a oferta, melhorar as condições de acesso e aprimorar a qualidade de serviços municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital para a população.

O investimento total no programa é de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), dos quais US$ 100 milhões (R$ 500 milhões) financiados junto ao BID e o restante como contrapartida da Prefeitura de São Paulo. Em setembro, o banco liberou mais US$ 22 milhões (cerca de R$ 114 milhões) para a gestão municipal, como parte do empréstimo total. 

Nesta etapa do contrato estão previstas a construção de mais equipamentos de saúde, como UPAs e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além da continuidade das reformas das UBSs. Até o momento, 42 estão concluídas, 50 em andamento e duas contratadas. A próxima a ser entregue é a unidade Parelheiros.