PF intima filho mais novo de Bolsonaro a depor em investigação sobre tráfico de influência

Polícia Federal apura se Jair Renan Bolsonaro atuou junto ao governo em benefício da própria empresa. Ele teria intermediado reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional

Jair Renan Bolsonaro


Wellington Hanna, Isabela Camargo, Márcio Falcão - TV Globo

A Polícia Federal intimou Jair Renan Bolsonaro, filho mais jovem do presidente Jair Bolsonaro, a depor no inquérito que investiga suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro. 

O inquérito foi aberto em março a pedido do Ministério Público Federal depois de uma denúncia feita contra Jair Renan por parlamentares de oposição ao governo. 

A PF investiga se Jair Renan atuou a favor da empresa dele junto ao governo federal. 

A Bolsonaro Jr Eventos e Mídia foi criada no final do ano passado. A festa de inauguração do escritório teve cobertura de fotos e vídeos feita de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal.

A PF investiga se, em novembro do ano passado, Renan Bolsonaro atuou para que o grupo empresarial conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional a fim de discutir um projeto de construção de casas populares. 

À época da abertura do inquérito, o Ministério do Desenvolvimento Regional disse que as reuniões foram marcadas a pedido de Jair Fonseca, um assessor especial do presidente da República 

Renan Bolsonaro e o parceiro comercial dele, Allan Lucena, participaram pessoalmente das duas reuniões no ministério, ao lado de empresários — um deles da Gramazini — em novembro do ano passado. 

Em uma dessas reuniões, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) estava presente. Na agenda pública, só . o nome do assessor da Presidência aparece — não há menções ao filho do presidente ou aos empresários

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