Prefeitura de SP mantém uso obrigatório de máscara na cidade de São Paulo

De acordo com novo estudo apresentado hoje, mesmo com a situação epidemiológica controlada, de forma moderada, medidas de proteção individual seguem imprescindíveis

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido e o prefeito Ricardo Nunes


A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta quarta-feira (10) o novo estudo sobre a situação epidemiológica do Coronavírus na cidade. Com base neste mapeamento, a capital optou pela continuidade do uso de máscaras obrigatório em locais abertos e fechados durante esta fase da pandemia, em que o nível de transmissão e de assistência são considerados moderados.

De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, o comportamento da Prefeitura de São Paulo com relação aos aspectos que envolvem o enfrentamento à Covid-19 é escutar a saúde e a ciência, com decisões baseadas na análise dos técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

“Sempre agimos desta forma, escutando a saúde. Estamos acertando com a capital mundial da vacina, com uma população que compreendeu, que acredita e que segue as orientações da Secretaria da Saúde, sendo de exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo”, disse o prefeito.


Plano de flexibilização de medidas não farmacológicas

O novo Plano de flexibilização de medidas não farmacológicas é um estudo que considera a avaliação de indicadores dos níveis de transmissão da Covid-19 e da avaliação da assistência de saúde na cidade para embasar as decisões de acordo com a situação atual da pandemia no município. Além dos dados que mostram o cenário atual, o mapeamento conta com uma previsibilidade dos números que a pandemia deve alcançar nas próximas semanas.

“Este é um estudo realizado pela Vigilância Sanitária, um plano bastante sólido dos indicadores da pandemia e da assistência. Por isso, mantemos a utilização da máscara no município, devendo fazer as projeções com relação aos indicadores de uma nova versão para o início do mês de dezembro com os indicadores que seguramente a cidade poderá alcançar”, disse o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

Com isso, está mantida a recomendação das medidas não farmacológicas, como o distanciamento pessoal, evitar aglomerações, assim como o compartilhamento de uso de objetos pessoais, além da higienização frequente das mãos.

Essas medidas não farmacológicas foram recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde desde o início da pandemia, como forma de conter o avanço da doença, e que permitem que possamos ter uma retomada gradual e segura”, explicou a coordenadora do Núcleo de Doenças Agudas Transmissíveis da COVISA/SMS, Dra. Paula Bisordi.


Metodologia

Neste momento, a ênfase do estudo foi colocada na detecção de casos, investigação e rastreamento de contatos. Para a decisão, a SMS elaborou um conjunto de indicadores baseados em critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dados das bases oficiais conforme os níveis de transmissão comunitária (incidência, hospitalizações e mortalidade), os indicadores da assistência (novas internações, solicitação de vagas em UTI e letalidade) e da vacinação do público elegível.

Cada item analisado possui um peso diferente para a sua classificação. Ao avaliar todos esses indicadores em uma matriz de risco, foi feita a classificação final da situação do município, que neste momento se encontra em nível 2.



Situações

Com a situação de nível 2, que a cidade de São Paulo se encontra hoje, é preciso:
  • Reforçar a proteção dos mais vulneráveis clinicamente, por meio da aplicação estrita de medidas de prevenção e controle de infecção, vigilância intensificada e gerenciamento de visitas em instituições e cuidados de longa permanência.
  • Reavaliar atividade de rastreamento de contatos, considerando a priorização para casos confirmados e surtos em locais fechados.
  • Manter a recomendação para o uso de máscaras obrigatório na comunidade, bem como as demais medidas não farmacológicas de controle.

Na próxima situação esperada, de nível 1, mais confortável com o controle da pandemia, as recomendações são:
  • Controlar a pandemia por meio de medidas eficazes em torno dos casos
  • Medidas específicas em torno dos casos e reforçadas as medidas individuais – impacto limitado nas atividades sociais e econômicas
  • A ênfase deve ser colocada na detecção de casos, investigação e rastreamento de contados
  • Sempre que possível evitar aglomerações e manter as medidas não farmacológicas de controle
  • Que o público geral use máscara em ambientes fechados ou ambientes externos onde pode ocorrer aglomeração de pessoas.

“Estamos caminhando muito bem e é preciso continuar seguindo as orientações da Prefeitura. É preciso tomar a segunda dose e continuar com as máscaras. Não vamos esmorecer agora. Falta pouco, bem pouco, para entrarmos na fase verde e ter uma situação mais confortável. Eu agradeço à população de São Paulo, que de uma forma exemplar aderiu a vacina e tem feito todas as recomendações da Secretaria da Saúde”, destacou o prefeito.


Medidas não farmacológicas
São consideradas medidas não farmacológicas:
  • Distanciamento Social
  • Etiqueta respiratória e de higienização das mãos
  • Uso de máscaras
  • Limpeza e desinfecção de ambientes
  • Isolamento de casos suspeitos e confirmados, além da quarentena dos contatos

Essas iniciativas devem ser utilizadas de forma integrada, com o objetivo de controlar a transmissão do coronavírus, e assim permitir a retomada gradual das atividades desenvolvidas pelos vários setores e ao retorno do convívio social.


Vacinação e internações
Até esta terça-feira (9), foram aplicadas 20.535.206 doses de vacinas antiCovid, sendo 10.534.889 (D1), 8.721.872.143 (D2), 327.844 (DU) e 950.601 (DAs). A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos está em 108,2% para D1 + DU e em 96,3% para D2 + DU.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas 877.270 primeiras doses, representando uma cobertura vacinal de 103,9%. Também foram aplicadas 162.197 segundas doses nesse público.

A cidade tinha nesta terça-feira 325 pacientes internados com quadro de Covid-19. São 169 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 30% dos leitos ocupados, e 156 em enfermaria (27%).

Comentários

  1. Não custa nada manter os cuidados, quem ganha somos nós mesmo.

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