Vacinação adiou para final de junho pico de internação por Covid previsto para a cidade de SP, diz secretário municipal da Saúde

Edson Aparecido disse nesta segunda-feira (14) que imunização conseguiu diminuir velocidade de contaminação e postergou previsão de elevação dos casos e ocupação de leitos que era estimada para o dia 17

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido 

G1 

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, defendeu nesta segunda-feira (14) que o efeito da vacinação na capital conseguiu postergar as projeções de elevação de ocupação de leitos de UTI e reduzir a velocidade do aumento de casos na cidade.

Na semana passada, o secretário chegou a prever que a capital teria um pico de Covid semelhante ao de abril, o mês mais letal da pandemia, no dia 17 de junho.

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Agora, porém, a prefeitura acredita que poderá ter uma elevação menos acentuada no final deste mês.

"Nós tínhamos uma expectativa de que viéssemos a enfrentar um pico de internações por volta do dia 17 a 20 de junho, e agora esse pico foi prorrogado para o final do mês. Ainda temos uma tendência de uma subida de casos e internações, mas em uma velocidade mais reduzida. Isso, seguramente, é o impacto da vacinação nas faixas etárias mais idosas da cidade", disse Aparecido em entrevista à GloboNews.

Apesar dos efeitos da vacinação, a sobrecarga no sistema de saúde permanece alta. Nos últimos dias, o índice de ocupação das UTIs chegou a 83,4% na capital.

A cidade também enfrenta uma piora no isolamento social, que bateu recordes negativos: na última sexta-feira (11), o índice foi de apenas 37%, uma marca batida só quatro vezes desde o começo do ano.

Efeito nos idosos

Aparecido destaca, ainda, que o efeito mais substancial é sentido na faixa etária que já tomou a segunda dose, ou seja, fez a imunização completa.

"Nós tivemos aqui pelos estudos preliminares que nós fizemos, e agora estamos terminando um grande estudo junto ao infectologista Júlio Croda, mas já é possível perceber com os números que nós já temos hoje que os idosos acima de 70 anos que já tomaram a segunda dose, nós tivemos uma redução muito acentuada não só do numero de casos, mas também do numero de internações. Não que essas pessoas não estejam sendo eventualmente infectadas, mas as consequências dos sintomas já são perfeitamente visíveis."