Comissão de Ética do partido ordenou a suspensão, mas não divulgou os motivos
Filipe Sabará, pré-candidato a Prefeito de São Paulo pelo partido Novo
A Comissão de Ética do partido Novo determinou a suspensão em caráter liminar do pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Filipe Sabará. Também ordenou a suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha e de campanha de Sabará até que o assunto seja efetivamente julgado pela comissão.
Sabará diz ser vítima de uma ala esquerdista minoritária do Novo, composta por aliados do ex-banqueiro e fundador do partido João Amoêdo, por ser "uma pessoa de direita".
Em e-mail do diretório nacional a seus filiados (veja abaixo), o partido comunica que a decisão da comissão corre em sigilo e que o filiado terá um prazo determinado para manifestar sua defesa.
A mensagem não explicita os motivos para a suspensão de Sabará. Nas últimas semanas, Sabará foi criticado por membros do partido como João Amoêdo, fundador do Novo, por ter dito em entrevista que Paulo Maluf foi o melhor prefeito de São Paulo.
Sua defesa contínua de medidas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também tem sido recebida negativamente no partido.
A declaração de bens de Sabará também gerou críticas de filiados do Novo. Como mostrou o Painel, após ter declarado inicialmente pouco mais de R$ 15 mil, Sabará foi questionado por suposta falta de transparência, dado que é herdeiro de um grupo cosmético com faturamento anual de mais de R$ 200 milhões.
Ele então enviou uma retificação e declarou ter R$ 5 milhões em bens.
Em nota sobre sua suspensão, Sabará diz que "as críticas são infundadas, produzidas por aliados de João Amoedo que são de uma ala minoritária de esquerda do Novo". Diz também que entrará "com todos os meios jurídicos e medidas judiciais cabíveis, tanto para reverter a situação, quanto para processar os responsáveis."
Ele acrescenta que "infiltrados do MBL também estão nesse grupo de pessoas que estão tentando me derrubar."
Painel da Folha
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