‘Vamos virar a página’, afirma Geraldo Alckmin


Valmar Hupsel Filho - Estadão

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin 
Foto: Fabio Motta|Estadão


Principal beneficiado pelo resultado da eleição no primeiro turno, na qual conseguiu eleger um apadrinhado seu na maior cidade do País, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), atuou nesta semana para garantir que sua influência política se estenda também sobre o Grande ABC, região de forte simbologia para o PT.

Ao participar de um ato de campanha do candidato do PSB à prefeitura de Mauá, Átila Jacomussi, que concorre contra o atual prefeito, Donisete Braga, do PT, o tucano afirmou ao Estado que conquistar a região trata-se de “uma mudança histórica” e de grande significado que mostra “um novo momento”.

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Como o sr. vê a possibilidade de o PSDB e partidos aliados do sr. conquistarem os municípios do Grande ABC, região tradicionalmente dominada pelo PT?
Eu vejo que é uma mudança histórica porque vamos ter aqui uma mudança partidária de grande significado. (São) cidades extremamente importantes, cidades industriais, berço do PT e da vanguarda da organização política. É uma mudança de grande significado do ponto de vista da mudança política. É um fato significativo que mostra um novo momento. Virou a página. Virou a página. Retrata bem a derrocada do PT e, do outro lado, é um novo momento de confiança e esperança para que a região retome o seu desenvolvimento e seja a terra da oportunidade de trabalho e da qualidade de vida.

Qual é o reflexo que um eventual resultado positivo no segundo turno terá em 2018 e nas pretensões do sr. de pleitear uma candidatura à Presidência?
(A eleição presidencial de) 2018 é um outro momento. Hoje estamos tratando de eleição municipal. É claro que tem partidos que encolheram e tem partidos como o PSDB e o PSB e outros partidos, que cresceram. Mas tudo tem o seu momento. Passada a eleição municipal é hora de nos debruçarmos na questão econômica, ajudar o Brasil a superar a crise, gerar emprego e renda, fazer as reformas inadiáveis para o País cumprir o seu destino, que foi na década de 1930 a 1970. Foi a que mais cresceu no mundo e hoje está numa espiral recessiva já há três anos. Esse é o desafio que precisa ser superado em seguida. 



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