Na Grande São Paulo, PT sai derrotado e 'blocão' de Alckmin ganha espaço


ANNA RANGEL, CAROLINA MUNIZ, FLÁVIA FARIA E GABRIELA SÁ PESSOA - FOLHA.COM

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Paulo Serra, Geraldo Alckmin e Orlando Morando 

Atualmente com seis prefeituras na Grande São Paulo, o PT chegou ao segundo turno em apenas duas cidades: Santo André e Mauá. Conhecidos como "cinturão vermelho", os municípios são o berço do movimento operário e do partido no país.

A legenda, porém, já projetava derrotas na região. O petista Carlos Grana confirmou as previsões do partido e seguirá disputando a reeleição em Santo André no segundo turno contra seu ex-secretário de obras, Paulo Serra (PSDB).

Grana recebeu 20,28% dos votos, contra 35,85% do tucano. No ano passado, Serra deixou o governo e o PSD, do qual era presidente na cidade, para concorrer à eleição.

Em Mauá, o pleito continua entre Atila Jacomussi (PSB) e o atual prefeito, Donisete Braga (PT). Jacomussi recebeu 46,73% dos votos e Donisete, 22,9%.

O "blocão" formado por PSB, PPS, DEM e PV, costurado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) ocupou o espaço do PT e saiu fortalecido das principais cidades da Grande São Paulo. Integrantes da base do prefeito eleito João Doria Jr. na capital, os cinco partidos ora venceram ora chegaram ao segundo turno nas maiores cidades da região.

Além de Santo André e Mauá, os candidatos do grupo vão ao segundo turno em Osasco, Guarulhos, São Caetano do Sul, Diadema, Carapicuíba, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e em São Bernardo do Campo.

Domicílio eleitoral de Lula e berço do Partido dos Trabalhadores, São Bernardo terá segundo turno entre Orlando Morando (PSDB), com 45,07% dos votos, e Alex Manente (PPS), com 28,41%. O ex-presidente participou de carreata nesta semana em apoio a Tarcisio Secoli, sucessor do atual prefeito Luiz Marinho. O petista ficou em terceiro lugar (22,57%).

Com 99,8% das urnas apuradas, em Guarulhos, a disputa ficou entre Guti (PSB), votado por 34,55% dos eleitores, e Eli Corrêa Filho (DEM), por 22,37%. Elói Pietá, aposta do PT para o segundo turno, terminou com 19,32% dos votos. Ele governou a cidade entre 2001 e 2008, quando fez o sucessor Sebastião Almeida, atual prefeito da cidade também do PT.

Haverá segundo turno em Osasco, onde 99,74% dos votos já foram cheados. Jorge Lapas (PDT), eleito em 2012 pelo PT, recebeu 38,54% e disputará a permanência do cargo contra Rogério Lins (PTN), com 39,44%. A candidatura de Celso Giglio (PSDB) foi impugnada em setembro pela Lei da Ficha Limpa.

Diadema também escolherá seu futuro prefeito em 30 de outubro.

José Auricchio Jr. (PSDB), em São Caetano do Sul  foi eleito com 34,34%.

Atual prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) recebeu 48,10% dos votos, e continua na disputa com Wagner Feitosa (PRB), que recebeu 21,85% dos votos.

Venceram as eleições no domingo (2), já no primeiro turno, os candidatos Mamoru Nakashima (PSDB), com 62,1% dos votos em Itaquaquecetuba, e Marcus Melo (PSDB), eleito por 64,34% dos moradores de Mogi das Cruzes.

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